Apresentação
Que possa, este nosso trabalho de Subsídios Genealógicos, colaborar para uma maior
compreensão do processo de ocupação da região localizada entre os rios Pardo,
no Estado de São Paulo, e Grande, no Estado de Minas Gerais, onde estão
localizadas as cidades de Jacuí, Ibiraci e Franca, entre outras tantas. Eram os
já bastante citados “Sertão do Rio Pardo thé o Rio Grande”, na parte paulista,
e “Sertões do Jacuí”, na parte mineira.
Os
subsídios que apresentamos, referentes a personagens relevantes para
a história daquela região, foram obtidos a partir de nossas pesquisas efetuadas
nos sites da Igreja Mórmon e da ASBRAP, no Arquivo Histórico Municipal de
Franca-SP “Cap. Hipólito Antônio Pinheiro“, no Arquivo Publico de Uberaba-MG,
no Arquivo do Museu Regional de São João Del Rei-MG, no Museu Histórico Municipal
de Franca “José Chiachiri” e na PROBRIG-Protetores da Bacia do Rio Grande,
Ibiraci-MG. São ainda parciais, pois que muito há por pesquisar.
Queremos
também agradecer aos Diretores, funcionários e estagiários dos órgãos citados
pela atenção a nós dedicada e eficiente atendimento.
Sônia Regina Belato de Freitas Lelis
Walter
Antônio Marques Lelis
Franca-SP – 2012
PEDRO FRANCO QUARESMA
CASAL
FRANCISCO DE FREITAS PEDROZO
E
MANOELA PRUDÊNCIA DE JESUS FRANCA (FRANCO)
FAUSTINA MARIA DAS NEVES
PADRE CLÁUDIO JOSÉ DA CUNHA
PEDRO FRANCO QUARESMA
Pedro Franco
Quaresma, era natural da Praça-Forte
de Peniche, Leiria, Portugal.
Foi morador em Jundiaí-SP, pelo ano de 1741, conforme documento abaixo, referente ao casamento de dois de seus escravos:
Interessante
observar que, há registrado na História de Peniche, Portugal,
a
existência do Doutor Pedro Franco Quaresma, natural dessa localidade,
Cavaleiro
Fidalgo, e lá Juiz Ordinário, em exercício, pelo ano de 1672.
Era
filho de Francisco Franco e de Maria Domingas.
Falecido
em 24 de Julho de 1694, e sepultado na Igreja da Santa Casa da
Misericórdia
de Peniche.
Houve,
também, o Cônego Pedro Franco Quaresma, natural do mesmo
lugar,
que no ano de 1679 “instituiu duas
capelas com o rendimento de
dez moios de trigo anuais” a favor da Santa Casa de Misericórdia de
Peniche.
(informações extraídas do blog Cabo Carvoeiro Memórias)
Foi morador em Jundiaí-SP, pelo ano de 1741, conforme documento abaixo, referente ao casamento de dois de seus escravos:
Casou-se com Ana Nunes
Cardoza, natural de Taubaté-SP, nascida pelo ano de 1721. Falecida aos 06
de Outubro de 1791, em Jacuí-MG, sem testamento, pois ...nem tinha já de que o
fizesse... seu corpo foi acompanhado pela Confraria dos Pretos e sepultado na Capela dos mesmos, conforme
era o seu desejo.
Pedro e Ana foram pais de pelo menos:
1-
Antônia Maria Rosa de Jesus Franca,
nascida em Jundiaí-SP, pelo ano de 1746. Falecida, sem testamento, aos 18 de
Abril de 1789, sendo seu corpo acompanhado pela Irmandade do Santíssimo e
sepultado em cova da Fábrica, dentro da Matriz de Nossa Senhora da Conceição de
Jacuí-MG.
Antônia
Maria casou-se aos 11 de Abril de
1765, com dispensa no terceiro grau de consanguinidade, na Matriz de Nossa Senhora
da Conceição, São Pedro e Almas de Jacuí, com Manoel Ferro Xavier de Lacerda, filho de Manoel Ferro Correa e de
Antônia Correa de Lacerda. Pelo lado Materno, neto de Maria de Siqueira Cardoso e de
André Correa de Lacerda; bisneto de Domingos Vaz de Siqueira e de Maria
de Gusmão.
Em Direito Canônico, a
dispensa no terceiro grau de consanguinidade dá-se quando os nubentes possuem
os mesmos bisavós.
Diante disso, e embasados em pesquisas realizadas junto à obra de Luiz Gonzaga
da Silva Leme, Genealogia Paulistana (Volume V - Título Cunhas Gagos - Parte
4), onde consta
a informação que de Domingos
Vaz de Siqueira e Maria de Gusmão, também, nasceu Violante Cardoso, que se casou
com Thomé Nunes Paes, gerando, dentre outros, uma Ana. Concluímos tratar-se, essa Ana, possivelmente, de Ana Nunes
Cardoza, casada com Pedro Franco Quaresma, pais da noiva, Antônia Maria Rosa de
Jesus Franca, comprovando-se, aí, o impedimento no terceiro grau de
consanguinidade existente entre os noivos.
Antônia
Maria e Manoel foram pais de pelo
menos:
1-1 Getrudes, batizada aos 08 de Novembro de 1767, na Matriz de Nossa
Senhora da Conceição de Jacuí, pelo Padre Pedro Francisco Machado, tendo como
padrinhos Joaquim de Macedo e Luiz Machado Borges.
1-2 Manoela Prudência de Jesus Franca (Franco), natural do Distrito
de Nossa Senhora da Conceição do Jacuí (Jacuí-MG), batizada aos 04 de Junho de
1770, em casa de seus pais, pelo Padre Francisco Lopes Rebello. Falecida aos 10
de Dezembro de 1835, no Distrito de Nossa Senhora das Dores do Campo Formoso
(Campo Florido-MG).
Manoela
Prudência casou-se aos 10 de Setembro
de 1783, em Jacuí-MG, com Francisco de
Freitas Pedrozo, filho do Tenente José Pedrozo da Silva e de Thereza de
Jesus Maria. Com descendência.
2-
Joana, falecida, solteira, aos 26 de Outubro de 1765 e sepultada dentro da
Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Jacuí.
3- Maria
Franca [Bras Cubas], natural e batizada
em Jundiaí-SP. Falecida aos 12 de Fevereiro de 1780 e sepultada dentro da
Matriz de Jacuí. Casou-se aos 05 de Agosto de 1772, na Matriz de Nossa Senhora
da Conceição de Jacuí, com David Ribeiro
de Araújo, natural e batizado na Freguesia de São Thomé de Esturões,
Conselho de Monte Longo, Arcebispado de Braga Primas, viúvo por óbito de Mariana
de Crasto Teixeira. Era filho de Bento Gonçalves e de Thereza Ribeira de Araújo.
4-
Violante Franca [Bras Cubas], citada, como madrinha, em dois assentos de batizados, em Jacuí-MG.
No ano de 1768, como madrinha de Mariana
No ano de 1769, amadrinhando Salvador
No ano de 1768, como madrinha de Mariana
No ano de 1769, amadrinhando Salvador
Adriano Campagnole, em seu livro Memória da Cidade de Caconde,
revela que o Capitão Pedro Franco Quaresma, foi, de acordo com uma carta datada de 20
de julho de 1820, assinada pelo alferes comandante de Mogi-Mirim, José de
Araújo Ferraz, considerado o descobridor do arraial de Jacuí, no ano de 1755. Embora,
na história de Jacuí-MG, apresentada pela Prefeitura daquela localidade, conste
como sendo, descobridor, o Guarda-Mor das Minas do Rio Verde, Francisco Martins
Lustosa, pelo ano de 1750.
O Capitão Pedro Franco Quaresma foi Juiz Ordinário em Jacuí, conforme consta do livro de Correição da Câmara de Jundiaí, anos 1744/1828, onde foi lavrado termo de posse e juramento dado aos oficiais do Arraial do Novo Descoberto, por eleição feita na Vila de Jundiaí:
Mas segundo o mesmo livro, Memória da Cidade de Caconde, “em 1764
Pedro Franco Quaresma já não era juiz ordinário do novo Descoberto do Emboque,
São João (Jacuí), Santa Ana do Sapucaí e mais descobertos daquele continente,...”
No entanto, de acordo com Assentos de
Batizados, Casamentos e Óbitos da Matriz de Jacuí-MG, pode-se verificar que o Capitão continuou ali estabelecido com
sua família.
Através dos assentos abaixo,
verificamos que o Capitão Quaresma
ainda se encontrava vivo até o ano de 1771, se não houve erro do escrivão ao se
referir a ele.
Referência feita a ele como já sendo
falecido, encontramos no assento de casamento de sua filha Maria Franca de [Bras
Cubas], em 05 de Agosto de 1772, ítem 3, destes subsídios.
Observações:
1- O sobrenome Franca, que aparece compondo o nome das filhas do Capitão Pedro Franco Quaresma, acontece porque na época os escrivães grafavam os sobrenomes das mulheres sempre no feminino. Por exemplo: Maria Justina Ribeiro, aparece como Maria Justina Ribeira.
2- Segundo Marcos O. Camargo, a documentação existente no Primeiro Cartório de Notas de Jundiaí data a partir de 1652.
1- O sobrenome Franca, que aparece compondo o nome das filhas do Capitão Pedro Franco Quaresma, acontece porque na época os escrivães grafavam os sobrenomes das mulheres sempre no feminino. Por exemplo: Maria Justina Ribeiro, aparece como Maria Justina Ribeira.
2- Segundo Marcos O. Camargo, a documentação existente no Primeiro Cartório de Notas de Jundiaí data a partir de 1652.
Casal
FRANCISCO DE FREITAS PEDROZO
e
MANOELA PRUDÊNCIA DE JESUS FRANCA
Francisco
de Freitas Pedrozo, era natural do Distrito de Nossa Senhora da Conceição
de Jacuí (Jacuí-MG). Foi batizado aos 22 de Agosto de 1765, em casa de seus
pais, pelo Padre Pedro Francisco Machado, tendo como padrinhos o Capitão-Mor
André de Espínola Castro Godoy, e José da Silva Freyre, por procuração.
Era
filho do Tenente José Pedrozo da Silva, natural de Taubaté-SP, e de Thereza
de Jesus Maria (ou Thereza de Jesus Prado), natural de São Paulo-SP. Conforme
descrito na Genealogia Paulistana, era, pelo lado paterno, neto de José da
Silva Gonçalves e de Izabel Pedroso de Freitas, esta natural de Taubaté-SP; pelo
lado materno, neto do Alferes Sebastião do Prado Cortes e de Maximiana de Marins.
Batizado de Francisco
– Lv. 03 de Batizados da Matriz de N.Srª da Conceição de Jacuí-MG –
fls. 09 – Microfilme
da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons)
Francisco casou-se aos 10 de Setembro de 1783, em Jacuí-MG, com
Manoela Prudência de Jesus Franca
(Franco), filha do Licenciado Manoel Ferro Xavier Correa de Lacerda e de Antônia
Maria Rosa de Jesus Franca (Franco).
Casamento de
Francisco e Manoela - Lv. de Casamentos
s/nº - período entre 1777 e 1809,
da Matriz de N.Srª da
Conceição de Jacuí-MG – fls. 16 verso
Microfilme da Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons)
Moradores na Região do Aterrado do
Jacuí (Ibiraci-MG), em documento de 02 de Dezembro de 1819, Francisco de Freitas Pedrozo foi mencionado como doador de outro meio quarto de légua de terras para a formação do patrimônio da Capela
do Aterrado do Jacuí (Ibiraci-MG).
Francisco e Manoela Prudência foram,
conforme descrito em seus inventários, pais de:
1- Francisco de Paula Ferro. Casou-se. Foi morador no Aterrado de Jacuí (Ibiraci-MG).
2- Cypriano José de Freitas. Casou-se com Inácia Antônia da Silveira. Foram moradores no Distrito de N.Srª das Dores do Campo Formoso (Campo Florido-MG), onde ele faleceu no mês de Fevereiro de 1822.
1- Francisco de Paula Ferro. Casou-se. Foi morador no Aterrado de Jacuí (Ibiraci-MG).
2- Cypriano José de Freitas. Casou-se com Inácia Antônia da Silveira. Foram moradores no Distrito de N.Srª das Dores do Campo Formoso (Campo Florido-MG), onde ele faleceu no mês de Fevereiro de 1822.
3-
Lúcio José de Freitas. Casou-se. Foi
morador no Distrito de N.Srª das Dores do Campo Formoso (Campo Florido-MG).
4-
Joana Maria de Gusmão. Casou-se com Inácio Ribeiro dos Santos. Foram
moradores no Aterrado do Jacuí (Ibiraci-MG).
5-
Ana Nunes Cardoza. Casou-se com Mateus de São Paio (Sampaio) Silva.
Foram moradores no Distrito de N.Srª das Dores do Campo Formoso (Campo
Florido-MG).
6- Maria Correa
de Lacerda. Casou-se com Tomás José
Franco. Foram moradores no Arraial de N.Srª das Dores do Campo Formoso
(Campo Florido-MG).
7- José de
Freitas Pedrozo. Casou-se. Foi morador no Distrito de N.Srª das Dores do
Campo Formoso (Campo Florido-MG).
8- Gonçalo Franco
Quaresma, batizado aos 18 de Abril de 1808, em Jacuí-MG. Faleceu, solteiro,
no Distrito de N.Srª das Dores do Campo Formoso (Campo Florido-MG).
9- Floriana Maria de Gusmão. Casou-se com Joaquim Pedrozo de Morais Bueno. Foram moradores no Distrito de N.Srª das Dores do Campo Formoso (Campo Florido-MG).
9- Floriana Maria de Gusmão. Casou-se com Joaquim Pedrozo de Morais Bueno. Foram moradores no Distrito de N.Srª das Dores do Campo Formoso (Campo Florido-MG).
10-
Maria Thereza de Jesus. Casou-se com
Antônio Naves Cardozo. Foram
moradores no Distrito de N.Srª das Dores do Campo Formoso (Campo Florido-MG).
Em 06 de Agosto de 1827, conforme documento que compõe
o inventário de Manoela Prudência, Francisco
de Freitas Pedrozo comprou, de Manoel Francisco Ferreira, a Fazenda Ribeirão
das Araras, no Distrito da Capela de Nossa Senhora das Dores do Campo Formoso,
Freguesia de Santo Antônio e São Sebastião de Uberaba, Termo do Julgado de
Nossa Senhora do Desterro do Desemboque, Comarca de Paracatu do Príncipe, Província
de Minas Gerais. Pagou por ela, duzentos mil réis anuais, no prazo de quatro
anos, somando um total de oitocentos mil réis. Nela residiram até falecerem.
Fls.18 - Inventário
de Manoela Prudência de Jesus Franco.
Manoela
Prudência de Jesus Franco faleceu aos 10 de Dezembro de 1835, sendo
inventariada, no ano de 1836, pelo marido Francisco.
Francisco
de Freitas Pedrozo faleceu, viúvo, aos 04 de Junho de 1837, com testamento
escrito aos 12 de Maio de 1837 e aberto aos 06 de Junho do mesmo ano. Foi
inventariado no ano de 1840, pelo filho, e primeiro testamenteiro, José de Freitas
Pedrozo.
FAUSTINA MARIA DAS NEVES
Faustina
Maria das Neves, doadora de terras para a criação da cidade de Ibiraci-MG,
era natural da Nova Colônia do Sacramento, Bispado do Rio de Janeiro, onde foi
batizada. Filha de Antônio de Medeiros, natural da Freguesia do Senhor Bom Jesus
da Ilha de São Miguel, Bispado de Angra, e, de Antônia de Jesus, natural da
Freguesia de Santa Justa, Patriarcado de Lisboa.
Faustina Maria casou-se com o Licenciado Antônio de Freitas Silva,
natural da Ilha da Madeira, Bispado do Funchal. Falecido, foi inventariado no
ano de 1778, em Guaratinguetá-SP. Era filho de Sebastião de Freitas Silva, e de
Gerarda Maria da Incarnação, naturais da mesma Ilha.
Faustina
Maria e Antônio foram, conforme descrito no inventário de Faustina, pais
de:
1-
Ana, falecida antes do ano de 1822;
2-
Antônio, falecido antes do ano de
1822
3- Padre José de Freitas Silva, vigário em Jacuí-MG, faleceu antes do ano de 1822;
3- Padre José de Freitas Silva, vigário em Jacuí-MG, faleceu antes do ano de 1822;
4-
Clara Maria de Jesus. Falecida antes
do ano de 1822. Casou-se aos 15 de Julho de 1784, na Matriz de Nossa Senhora da
Conceição de Cunha-SP, com José Lopes da
Silva, natural de Nazaré. Filho de
outro José Lopes da Silva e de Ana Maria Pinheiro. Pelo lado Paterno, neto de Sebastião Lopes de Siqueira, natural
de Nazaré, e de Escolástica Fernandes Tenória, natural de São João de Atibaia.
Pelo lado Materno, neto de Inácio da Silva, natural de Santo Amaro, e de
Sebastiana Nunes de Siqueira, natural de Nazaré.
Clara
Maria e José foram pais de:
4-1 Maria Francisca de Jesus. Casou-se com Antônio José Pereira. Eram moradores em Cunha-SP, pelo ano de 1822;
4-1 Maria Francisca de Jesus. Casou-se com Antônio José Pereira. Eram moradores em Cunha-SP, pelo ano de 1822;
4-2
Claudina Maria de Jesus. Casou-se com Manoel da Silva. Eram moradores em
Cunha-SP, pelo ano de 1822;
4-3
Ana Maria de Jesus. Casou-se com João Lopes da Silva. Eram moradores em
Cunha-SP, pelo ano de 1822;
4-4
Clara Maria de Jesus. Casou-se com Manoel Nunes;
4-5 Antonio Lopes. Casou-se;
4-6 Maximo Lopes. Casou-se;
4-7 Gonçalo Lopes. Casou-se.
5-
Maria Francisca de Jesus. Falecida
antes do ano de 1822. Casou-se aos 15 de Julho de 1784, na Matriz de Nossa Senhora
da Conceição de Cunha-SP, com João
Francisco Bueno, natural de Juqueri. Filho de João Rodrigues Antunes, natural
da cidade de São Paulo, e de Joana Batista Bueno, natural de Conceição dos Guarulhos.
No inventário de Faustina, do ano de 1824, apresenta-se como viúvo de Maria
Francisca, Thomaz Ferreira Nandufe, morador
em Jacuí-MG, e os filhos herdeiros:
5-1 Tereza. Casou-se com
Manoel João Soares;
5-2 João Francisco Boeno.
Casou-se;
5-3 Pedro Ferreira de
Freitas. Casou-se;
5-4 Francisco Ferreira de
Freitas. Casou-se;
5-5 Maria Felizarda do
Bonsucesso. Casou-se com José da Silva Borges.
6- Padre Manoel
de Freitas Silva. Foi vigário em Jacuí-MG;
7-
Joaquina Maria das Neves. Casou-se
com Manoel Leite de Miranda. Eram moradores
em Taubaté-SP, pelo ano de 1822;
8-
Tereza Maria de Jesus, natural de
Cunha-SP. Falecida em Jacuí-MG, com
testamento aberto aos 18 maio 1824. Casou-se aos 25 de Abril de1792, na Matriz
de Nossa Senhora da Conceição de Jacuí, com Veríssimo José Pessoa, natural de Itatiaia-MG, filho do Capitão
Bernardo Joaquim Pessoa e de Maria Correa Gallas. Sem filhos;
9-
Izabel Maria das Neves, natural de
Cunha-SP. Casou-se aos 27 de Agosto
de 1789, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Cunha-SP, com Joaquim Lopes da Silva, natural dessa
mesma localidade. Filho de José
Lopes da Silva e Ana Maria Pinheiro, naturais de Nazaré. Pelo lado Paterno,
neto de Sebastião Lopes da Silva e Escolástica Tenório. Pelo Materno, neto de
Inácio da Silva e Escolástica Nunes;
10-
Theodora Maria das Neves, natural de
Cunha-SP. Casou-se aos 03 de Março
de 1794, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Jacuí-MG, com Francisco Ferreira da Silva, natural de
Roça Grande-MG, filho do Alferes Francisco Ferreira Velho e de Maria Pereira da
Silva.
Faustina Maria, com a morte de seu filho, Padre José de Freitas Silva, herdou dentre outros bens, uma Fazenda no Bairro do Aterrado (Ibiraci), da qual doou, em 02 de Dezembro de 1819, meio quarto de légua, no Capão dos Porcos, para a construção de uma Capela sob a proteção de Nossa Senhora das Dores.
Faustina Maria, com a morte de seu filho, Padre José de Freitas Silva, herdou dentre outros bens, uma Fazenda no Bairro do Aterrado (Ibiraci), da qual doou, em 02 de Dezembro de 1819, meio quarto de légua, no Capão dos Porcos, para a construção de uma Capela sob a proteção de Nossa Senhora das Dores.
Faustina
Maria das Neves faleceu aos 25 de Dezembro de 1822, em Jacuí-MG, com testamento,
onde declarou, também, ser irmã: da Ordem e Confraria do Carmo da Cidade de São
Paulo; da Confraria da Senhora das Dores e da Casa Santa de Jerusalém, ambas da
Freguesia de São Carlos do Jacuí-MG.
Foi inventariada no ano de 1824, em São
João del Rei-MG, por seu genro e primeiro testamenteiro, Thomaz Ferreira Nandufe.
Legou aos seus descendentes: uma chácara nos subúrbios de Jacuí-MG; uma casa no
Largo da Matriz de Jacuí-MG; a Fazenda Bonsucesso; a Fazenda Córrego Danta; a
Fazenda São Thomé, além de escravos, animais, ferramentas, móveis e utensílios
domésticos.
PADRE CLÁUDIO JOSÉ DA CUNHA
Padre
Cláudio José da Cunha, natural das
Gerais, 32 anos, solteiro, vivendo de suas ordens, assim foi identificado, pela
primeira vez somente na
Lista de População de 1807-1808 da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da
Franca.
Em um Processo Força Nova, do ano de 1827, foi mencionado como sendo proprietário do Sítio Terra Vermelha, no ano de 1804, nessa região.
Em um Processo Força Nova, do ano de 1827, foi mencionado como sendo proprietário do Sítio Terra Vermelha, no ano de 1804, nessa região.
No ano de 1805, Padre Cláudio foi citado, pelo Vigário Joaquim Martins
Rodrigues, no documento de criação da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição
da Franca, lavrado no Livro de Tombo nº 1 da Igreja Matriz, onde consta:
[...] e estando todos
congregados no Lugar determinado para a nova Igreja Matriz, com assistencia do
Reverendo Cláudio José da Cunha, que cazualmente compareceu, benzi o Logar do
Symiterio na forma que prescreve o Ritual de Paulo V [...]
No ano de 1808, Padre Cláudio assinou “a rogo” de Maria Thereza de São José, mulher
de João Gonçalves Campos, quando esse casal vendeu terras ao vigário da Franca,
Padre Joaquim Martins Rodrigues, terras essas que viriam compor a fazenda
Palestina, que posteriormente foi vendida ao Tenente João Felizardo Cintra,
filho do Capitão Felizardo Antunes Cintra.
De acordo com o
livro Desemboque, Documentário Histórico
e Cultural, Padre Cláudio, pelo
ano de 1817, foi um dos arrojados sertanistas que penetraram pela primeira vez
os sertões do município de Uberaba-MG, tomando posse, às margens do Rio São Francisco,
das Fazendas Boa Vista, Rocinha e
Natividade, estando esta última situada na margem esquerda desse Rio, junto
ao Rio Grande. Segundo o mesmo livro, entre os anos de 1818-1819, Padre Cláudio exerceu as funções de
missionário na Aldeia de Santana do Rio das Velhas (Indianópolis-MG).
No Censo de 1832, de Santa Maria
Madalena do Aterrado, Termo de Jacuí (Ibiraci-MG), Padre Cláudio foi citado como morador no fogo nº 1, com 56 anos de idade, vivendo da agricultura.
No fogo nº 2 vivia Ana Joaquina, branca, agricultora, com 36 anos,
em companhia de seus sete filhos: Miguel, 13 anos; Honório, 12 anos; Antônio,
10 anos; Maria, 7 anos; Carolina, 6 anos; Moisés, 3 anos e Mariana, 1 ano.
No fogo nº 3 constou Justina Maria com 17 anos de idade, casada com
Lúcio Miz Teixeira, e dois filhos deles.
Em 1833, no Juizo Municipal da Vila
Franca do Imperador (Franca-SP), o Capitão Vicente José Parreira e outros,
apresentaram uma Carta de Inquirição, vinda do Julgado de Nossa Senhora do
Desterro do Desemboque, contra o Padre
Cláudio José da Cunha e Cláudio José do Nascimento, referente a uma Ação de
Libelo Cívil da Força Velha. Os autores da Ação alegaram serem proprietários de
duas Sesmarias e que no mês de Junho de 1832, os réus, sem temerem lei alguma, se meteram por força em terras dos
Autores...
Padre
Cláudio José da Cunha faleceu pelo
ano de 1835, sem testamento, na Aplicação das Dores, Julgado do Desemboque,
Província de Minas Gerais (Campo Florido-MG).
Foi inventariado por Ana Joaquina de São José, na Vila de
Santo Antônio de Uberaba, Comarca do Paraná, Província de Minas Gerais
(Uberaba-MG), com inventário aberto em 22 de Maio de 1852, dezesseis para
dezessete anos após seu falecimento. Deixou escravos e a Fazenda da Natividade,
dentre outros bens.
A mãe e herdeira de Pe. Cláudio, Antônia Joaquina da Assunção, moradora
na Freguesia de Bom Jesus da Cana Verde (Batatais-SP), habilitou, em 26 de fevereiro
de 1836, na Vila Franca do Imperador (Franca-SP), alguns meses após a morte de
seu filho, como herdeiros do sacerdote, os filhos de Ana Joaquina de São José[1]:
1-
Cláudio José do Nascimento. Falecido
antes de 1852. Casou-se com Antônia
Querubina do Nascimento. Foram pais de:
1-1 Isac, nascido pelo ano de
1834.
1-2 Sidnei, nascido pelo ano
de 1844.
1-3 Maria, nascida pelo ano
de 1849.
2-
Justina Maria do Carmo, nascida pelo ano de 1814. Casou-se com Lúcio Martins Teixeira. Foram pais de
pelo menos:
2-1 Marçal, nascido pelo ano
de 1829.
2-2 [nome não identificado], nascido pelo ano de 1830.
2-2 [nome não identificado], nascido pelo ano de 1830.
3-
Miguel José da Cunha, nascido pelo ano de 1818. Falecido antes do ano de
1852. Casou-se com Cândida Florinda de
Oliveira. Foram pais de:
3-1 Jonas, nascido pelo ano
de 1845.
3-2 Emerenciano, nascido pelo
ano de 1849.
4-
Honório Fideles de Oliveira, nascido pelo ano de 1819. Casou-se com Augusta.
5-
Antônio José da Cunha, nascido pelo ano de 1821. Casou-se com Gertrudes. Ambos falecidos antes do ano
de 1852. Foram pais de:
5-1 Simpliciano, nascido pelo
ano de 1844.
5-2 Maria, nascida pelo ano
de 1847.
5-3 Antônio, nascido pelo ano
de 1849.
6-
Maria Propícia do Lado, nascida pelo ano de 1824. Solteira, pelo ano de 1852.
7-
Carolina Mafalda de Jesus, nascida pelo ano de 1825. Casou-se com José Antônio da Silva.
8-
Moisés Arão da Cunha, nascido pelo ano de 1828. Solteiro pelo ano de 1852.
9-
Marciana (ou Mariana) Joaquina da Assunção, nascida pelo ano de 1830. Encontrava-se
viúva pelo ano de 1852.
10-
Pedro Amado de São Paulo, nascido pelo ano de 1833. Solteiro pelo ano de
1852.
11-
Pacífico Penafiel da Cunha, nascido pelo ano de 1835. Solteiro pelo ano de
1852.
Referências Bibliográficas:
CAMPAGNOLE, Adriano. Memória da
Cidade de Caconde: Freguesia Antiga de N.S.da Conceição do Bom Sucesso do Rio
Pardo. São Paulo, 1979.
LEME, Luiz
Gonzaga da Silva. Genealogia Paulistana: Título Taques Pompeus, Volume 4º, Pág.
304 (3-1 e 4-4). Duprat & Comp., São Paulo, 1904.
FAGUNDES,
Joaquim Roberto. Assentos de Casamentos da Matriz de Cunha: 1778-1803. In Revista
da ASBRAP nº 10.
NABUT,
Jorge Alberto. Desemboque Documentário Histórico e Cultural. Fundação Cultural
de Uberaba, Arquivo Público de Uberaba, Academia de Letras do Triângulo
Mineiro, 1986.
Referências Digitais:
www.asbrap.org.br
www.arvore.net.br/Paulistana/CGagos_4.htm
Instituições Consultadas
Franca-SP
Arquivo Histórico Municipal
“Cap.Hipólito Antônio Pinheiro”
Museu Histórico Municipal “José
Chiachiri”
Ibiraci-MG
Paróquia Nossa Senhora das Dores
PROBRIG – Protetores da Bacia do
Rio Grande
São João del Rei-MG
Arquivo do Museu Regional
Uberaba-MG
Arquivo Público
[1] Habilitação
sustentada por Maria Propícia do Lado e outros
seus irmãos que se diziam filhos do Padre Claudio José da Cunha, e nettos de
Donna Antonia Joaquina da Assumpção... , conforme declaração, de 23 de Outubro
de 1854, do Escrivão da Correição, Luiz da Silva Oliveira, de Uberaba, às
fls.38 do inventário de Padre Cláudio.